História

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João Nuno Ferreira
Coordenador Geral

Três décadas de História

Na génese da FCCN está a Fundação para o Desenvolvimento dos Meios Nacionais de Cálculo Científico, criada a 23 de dezembro de 1986.

São 30 anos a mudar a internet, a dar o nosso melhor à comunidade científica nacional, disponibilizando dezenas de serviços para milhares de utilizadores.

Hoje a FCCN liga mais de 80 instituições de ensino superior, laboratórios e outras instituições públicas com ligações de alto débito.

Nestas três décadas desenvolvemos um leque de serviços de colaboração, comunicação, computação, segurança e conhecimento para que os nossos utilizadores façam cada vez mais e melhor.

Os primeiros passos na história.

1986 – Criação da Fundação para o Desenvolvimento dos Meios Nacionais de Cálculo Cientifico

A 23 de dezembro de 1986, que viria dar origem à FCCN.

Os seus membros fundadores foram a Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT), o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), o Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) e o Conselho de Reitores das universidades portuguesas (CRUP).

De acordo com os estatutos iniciais, o objeto da sua atividade era o desenvolvimento dos meios nacionais de cálculo científico, a promoção e instalação de meios poderosos de cálculo e a sua articulação com outras entidades científicas e técnicas dos setores público e privado.

1987 – Toma posse o primeiro conselho executivo da Fundação.

Para além de questões logísticas, a FCCN procurou logo desde o inicio ajudar a comunidade cientifica e tecnológica portuguesa a ultrapassar “carências gritantes” em meios informáticos para o cálculo científico.

historia fccn 1986

O encontro de redes.

1988 – Incluiu no seu plano de atividades os alicerces para a constituição, em Portugal, da Rede de Cálculo Cientifico Nacional (RCCN).

Foi a antecessora da atual RCTS. Em junho desse ano a FCCN promoveu um Encontro Sobre Redes que reuniu em Lisboa um grande número de professores e investigadores portugueses.

Conta a história que foi reconhecida a importância das redes de dados para a exploração mais racional dos equipamentos informáticos, para a troca de mensagens e ficheiros (primeiros passos do correio eletrónico) e para a consulta de bases de dados.

Foi salientada a importância da interligação da nova rede com as suas congéneres europeias de modo a combater o isolamento dos investigadores portugueses.

Fornecimento a todas as escolas do país.

1995 – Inicio da operação do GigaPix.

Ponto português neutral e sem fins lucrativos para troca de tráfego, com o objetivo de melhorar a qualidade da interligação das redes IP em Portugal.

1997 – Início do fornecimento de internet a todas as escolas do país.

A RCTS assegurou a ligação a 1650 escolas, do 5º ao 12º ano.

1998 – Início do serviço de vídeoconferência.

Desenvolvimento da fibra óptica.

2002 – O CERT.PT foi criado e preencheu a lacuna de um CERT a nível nacional.

Até 2014 o RCTS CERT usou a denominação CERT.PT e assumiu na história uma missão nacional na resposta a incidentes de segurança. Após a criação do CNCS, entidade que assumiu a responsabilidade a nível nacional de coordenação de resposta a incidentes, o CERT da FCCN passou a designar-se RCTS CERT, refletindo o novo âmbito de atuação – a Rede RCTS.

2003 – Ligação por IPv6 à rede europeia GÉANT & iniciativa e-U (antecessor na história, à eduroam).

A FCCN tem feito evoluir a RCTS, de forma a suportar serviços de Internet funcionais em ambas as tecnologias – IPv4 e IPv6, tendo sido uma das primeiras a fazê-lo com conectividade internacional através da rede europeia GÉANT.

Portugal foi o primeiro país a ter eduroam e mobilidade nacional através de hotspots disponíveis em quase todas as suas instituições, graças ao investimento do governo nacional num projeto para implementação de redes Wi-Fi.

2004 – Arranque da b-on – Biblioteca do Conhecimento Online, do serviço de Videodifusão e implementação de Fibra Óptica na RCTS

Um serviço que estimula a comunidade para o consumo e produção de conteúdos científicos e outro que permite a transmissão de eventos em direto para todo o mundo, via internet.

Um salto em banda larga faz também parte desta história, quando em 2004 foi feita uma aquisição de um cabo de fibra óptica, adjudicada à Refer Telecom e celebrado ainda contrato para instalação de cabo de fibra óptica, serviços de manutenção e alojamento de equipamento.

2005 – Início dos serviços eduroam e RCTS VoIP.

Foram também realizados investimentos de infraestrutura ótica para a RCTS, que atingiram uma extensão aproximada de 100kms de cabo de 48 fibras.

Mais serviços disponíveis.

2007 – Início do serviço Arquivo.pt e da Linha Alerta para incidentes de segurança.

Um serviço de preservação do património digital português, também ele importante para preservação da história e um serviço para direcionamento de denúncias de alegados conteúdos online ilegais.

2008 – Arranque do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP).

Arranque da iniciativa nacional de acesso aberto e visa armazenar, preservar, promover o acesso ao conhecimento científico produzido em Portugal.

2009 – Inicio do serviço de videoconferência desktop (Colibri), do serviço de apoio ao e-learning (educast) e abertura do Estúdio.

Inauguração do Estúdio HD e das salas imersivas. Criado um anel de fibra ótica internacional na península ibérica, com ligação à NREN espanhola RedIRIS em Maio de 2009, nas fronteiras de Badajoz e Galiza.

Integração na FCT

2012 – Integração da FCCN na Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Integração na FCT da missão e atribuições que vinha sendo prosseguidas pela FCCN, como fundação pública de direito privado – Decreto-Lei n.º 55/2013.

2013 – Criação da Associação DNS.PT, sucedendo à FCCN na responsabilidade de gerir o domínio de topo .pt.

A missão e atribuições da FCCN seriam integradas na Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP.

2014 – Arranque do PTCRIS

Programa estruturante para a gestão de ciência e tecnologia que visa promover a integração de vários sistemas de informação de suporte à ciência utilizados por investigadores, gestores de ciência ou público em geral

2017 – INCD e arranque do Projeto RCTS100

Infraestrutura Nacional de Computação Distribuída (INCD) disponibiliza meios de HPC (High Performance Computing) no âmbito do roteiro de infraestruturas de investigação da FCT.

Desenvolvimento das capacidades nacionais de comunicação e computação de grandes volumes de dados para responder às necessidades tecnológicas mais exigentes da comunidade de investigação.

2018 – Arranque do CIÊNCIAVITAE e CIÊNCIAID e Rede Ibérica de Computação Avançada

O novo Currículo Científico português e o Identificador Nacional de Ciência, respetivamente. Acordo entre Portugal e Espanha para desenvolver em conjunto uma rede de computação avançada no espaço ibérico.

2019 – Lançamento da Plataforma NAU, e assegurada a RAE – Rede Alargada de Escolas

Arranque dos primeiros cursos na Plataforma que operacionaliza a iniciativa nacional para operação de infraestrutura técnica e operacional de suporte à publicação e dinamização de conteúdos em formato MOOC.

Assegurada a ligação da RAE à internet, a 40Gbps, a todas as escolas do 1º e 2º Ciclo do ensino Básico e Ensino Secundário da Rede Pública.

2020 – Lançamento da Rede Nacional de Computação Avançada (RNCA)

Realizada a 1ª edição do Concurso de Projetos de Computação Avançada na RNCA, contando com capacidade computacional de 4 centros nacionais: MACC (U. Minho) , U. Coimbra, U. Évora e Infraestrutura Nacional de Computação Avançada (INCD) e publicado em diário da república o Regulamento para a Rede Nacional de Computação Avançada.

 

 

Conteúdo atualizado a 06/07/2021