A inauguração do MareNostrum 5 representa um passo significativo em direção à próxima fronteira da supercomputação, à exaescala, reforçando o papel da Europa na vanguarda da inovação tecnológica global.
Evento de inauguração a 21 de dezembro
No próximo dia 21 de dezembro, Barcelona irá tornar-se o epicentro da inovação tecnológica com a inauguração do Supercomputador MareNostrum 5 (MN5), uma potência que impulsionará a computação avançada em toda a Europa e servirá ainda a investigação médica e climática.
O MN5, financiado em parte pelo EuroHPC, representa um marco significativo no avanço científico e tecnológico, posicionando a Europa como líder global em supercomputação.
Com um desempenho máximo de 314 Pflops (314 milhões de biliões de cálculos por segundo), o MN5 substituirá o antecessor MareNostrum 4, aumentando significativamente a capacidade de processamento e abrindo portas para novas possibilidades na investigação. Este supercomputador será fundamental para a investigação médica, incluindo investigação de medicamentos e o desenvolvimento de vacinas, simulações de propagação de vírus, bem como para aplicações de inteligência artificial e processamento de grandes volumes de dados.
Trata-se de uma máquina heterogénea que combina sistemas distintos: uma partição de propósito geral dedicada à computação clássica, uma partição acelerada GPU (Processamento Gráfico) projetada para expandir as fronteiras do conhecimento em inteligência artificial e outras partições com tecnologia inovadora com e sem aceleração.
MareNostrum 5 é sinónimo de colaboração entre vários países
O Ministério da Ciência e Inovação espanhol, o Governo da Catalunha e a Universitat Politècnica de Catalunya (UPC) co-financiam 50% deste supercomputador em conjunto com Portugal e Turquia. Os restantes 50% são co-financiados pela iniciativa EuroHPC, tendo o MN5 um orçamento total de 223 milhões de euros. Esta parceria marca um esforço conjunto para impulsionar a ciência e a inovação europeias.
O MareNostrum 5 está instalado num edifício novo junto à Capela Torre Girona no Barcelona Supercomputing Centre (BSC). Este foi projetado especificamente para dar resposta às necessidades deste supercomputador de última geração. Com 90 bastidores, a máquina será altamente eficiente em termos energéticos, totalmente alimentada por energia verde e empregará tecnologia de reutilização de calor, destacando o compromisso com a sustentabilidade.
Metade dos recursos computacionais do MN5 será alocada a projetos de investigadores por meio de concursos regulares EuroHPC, abertos a todos os utilizadores europeus elegíveis.
Também a investigação nacional poderá tirar partido deste recurso, através de oportunidades como o 4.º Concurso de Projetos de Computação Avançada. Sensivelmente 5% da capacidade do MN5 estará disponível para ser alocada a beneficiários portugueses.
Esta abordagem visa fortalecer a colaboração e a convergência de recursos ibéricos e europeus, impulsionando a inovação e permitindo que a comunidade científica e as empresas europeias tenham acesso a uma das melhores capacidades de processamento de Big Data e de supercomputação do mundo.
Com o MareNostrum 5 e outros recursos como o Deucalion, o EuroHPC consolida a Europa como líder na área da supercomputação.