Em novembro de 2021, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) celebraram um acordo de cooperação internacional. O objetivo passa pelo desenvolvimento de projetos conjuntos das plataformas de gestão curriculares CIÊNCIAVITAE e Lattes.
Foi através de uma sessão online que o acordo de cooperação entre CNPq e FCT foi apresentado oficialmente. Num momento que contou com a presença do coordenador-geral da Unidade FCCN, João Nuno Ferreira, as duas partes revelaram os moldes através dos quais será realizada esta colaboração internacional, bem como os principais objetivos.
O acordo de colaboração assinado prevê, para além da partilha de experiências e boas práticas, a cooperação ativa no domínio dos referenciais normativos, infraestruturas e serviços de gestão de ciência e tecnologia, uma área em que a FCT, através da sua unidade FCCN, tem investido significativamente, no âmbito do programa PTCRIS. Uma das primeiras tarefas a realizar será um estudo de viabilidade para substituição do software de suporte ao sistema nacional Lattes pelo software que suporta o CIÊNCIAVITAE.
“A FCT e a CNPq entenderam como desejável este acordo internacional voltado para a compatibilização das duas plataformas [de gestão curricular] utilizadas – o Lattes e o CIÊNCIAVITAE”, explicou o presidente do CNPq, Evaldo Vilela. “Espera-se que esta cooperação resulte na integração das duas plataformas, em direção a um produto ofertável aos países de língua oficial portuguesa, com potencial de expansão para o segmento iberoamericano”, acrescentou.
A colaboração surge no seguimento de um “historial de cooperação neste domínio que já é antigo e tem sido muito frutuoso”, destacou, por sua vez, João Nuno Ferreira. Recorde-se que, em meados da década de 2000, a FCT assinou um acordo para a utilização da Plataforma Lattes em Portugal e que viria a ser batizada DeGóis. Alguns anos mais tarde, em 2014/2015, seria a vez da FCT cooperar com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) para partilha de experiências e boas práticas. Relativamente ao novo passo agora apresentado, João Nuno Ferreira sublinhou o benefício mútuo que este representa: “Temos grandes expectativas para as sinergias que possam resultar deste trabalho conjunto”.