A pandemia da Covid-19 resultou num aumento muito significativo do uso dos serviços da Unidade FCCN. Conheça os passos dados para garantir o apoio ao ensino a distância e ao teletrabalho.
Estávamos ainda em março e já os efeitos da pandemia se faziam sentir, nos índices de utilização dos serviços FCCN. Nessa altura, o Colibri registava um aumento de utilização de mais de 2800%, sendo que esta seria uma tendência que se reforçaria, ao longo dos meses seguintes – até junho de 2020, regista-se um aumento de 3423% no número de reuniões realizadas através do Colibri, ultrapassando a marca de um milhão de aulas/reuniões.
A grande procura do serviço Colibri deveu-se à possibilidade de realização de videoconferências com capacidade para 300 participantes/sessão, tornando-se assim um apoio essencial modalidade de ensino a distância, ao garantir atividades letivas e aproximar profissionais durante o regime de teletrabalho. Contudo, a ação estratégica dos serviços da Unidade de Computação Científica (FCCN), da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), durante este período, não se ficou por esta ferramenta.
Também o Educast – que permite a gravação, edição e partilha de vídeos educativos – registou um aumento muito significativo, entre março e junho, ultrapassando o milhão de visualizações. De igual forma, a plataforma NAU, uma plataforma de cursos online em formato MOOC (Massive Open Online Couse) foi utilizada, neste período, por várias organizações e empresas para formação dos trabalhadores em regime de teletrabalho, registando 73.248 novos participantes, 112.247 matrículas e emitiu 54.438 certificados.
Estes números evidenciam a forma como, ao longo dos últimos meses, a disponibilização de ferramentas digitais, por parte da unidade FCCN da FCT, permitiu à comunidade manter a sua atividade, operacionalizando aulas à distância, reuniões de grupo, partilha de informação e teletrabalho. Um cenário que se voltou a repetir, no início do novo ano letivo, num contexto em que os trabalhos a distância ocupam ainda parte significativa das atividades letivas. Nesse sentido, tendo em conta que os serviços FCCN se assumem como um auxílio essencial para a manutenção da atividade letiva e de investigação, dentro das circunstâncias excepcionais que o país atravessa, foram dados vários passos para assegurar a resposta ao aumento de utilização.
O que foi feito pela Unidade FCCN?
Como resposta ao contexto descrito, de aumento significativo de utilização, a Unidade FCCN tem vindo a reforçar a capacidade dos seus principais serviços, para dar respostas às necessidades da comunidade de investigação e ensino nacional. Desde logo, no caso do Colibri, a utilização massiva do serviço obrigou ao reforço do licenciamento em 1111% e um reforço progressivo da infraestrutura a nível do front-end do serviço. O reforço de capacidade dos serviços FCCN não se centrou apenas nas infraestruturas e licenciamento, focando também o capital humano que permita prestar o apoio aos utilizadores.
De igual forma, de forma a apoiar o funcionamento das instituições de ensino superior e dos centros de investigação que utilizam os seus serviços, desde março que têm sido realizados aumentos de banda da ligação de várias instituições à Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade – a rede académica e de investigação nacional que suporta as ligações à Internet da comunidade de ensino e investigação. Simultaneamente, foram efetuados upgrades tecnológicos de algumas das redes locais das instituições académicas, através do aumento da capacidade de comutação das redes para 10Gbps ou 100Gbps, da atualização e alargamento das rede Wi-fi (eduroam) e do reforço dos equipamentos de segurança, face ao aumento substancial de tráfego nos últimos, no âmbito o projeto RCTS100 co-financiado por fundos estruturais.
De salientar ainda o desenvolvimento de documentação técnica, a partir de março, para responder à necessidade de algumas instituições de ensino superior relativas ao reforço da VPN interna, com o objetivo de permitir o acesso remoto a plataformas. Tendo em conta que a Unidade FCCN pertence à rede GÉANT (que agrega as suas homólogas europeias, na gestão de redes académicas e de investigação), foi possível reutilizar um serviço desenvolvido a nível europeu que permite a sua instalação sem cargos adicionais.
É importante destacar que o aumento de dispositivos ligados à rede, bem como o aumento acentuado na utilização de serviços de streaming, quer em contexto de sala de aulas, como também para desenvolvimento de trabalhos e projetos de investigação, mudou também o contexto de necessidades dos utilizadores da Unidade de FCCN. Como resultado das ações descritas, trabalhamos para que as instituições de ensino superior e de investigação em Portugal estejam preparadas para acomodar o aumento do tráfego originado, realizando as suas atividades letivas e científicas.
No caso de ser entidade aderente à comunidade RCTS, estamos disponíveis para ajudar a superar os desafios existentes, para tal, contacte-nos através dos canais disponíveis no nosso site.