Em outubro de 2017, a Unidade FCCN iniciou a construção de uma rede nacional de ensino e de investigação de nova geração. O projeto RCTS100, cuja execução terminou no final de 2022, tem vindo a alargar a infraestrutura de fibra ótica e a garantir a atualização tecnológicadaRede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS). Paralelamente, permitiu capacitar internamente as redes internas de nove entidades de ensino superior público e responder ao desafio do digital divide.
Com um investimento total de 17 milhões de euros, 13 dos quais provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), o RCTS100 assumiu um objetivo ambicioso: “Reforçar a investigação, o desenvolvimento tecnológico e a inovação”.
Uma rede com impacto nacional
“Suportamos não só o sistema português de ensino superior e o sistema nacional de ciência e tecnologia, mas também a conectividade das escolas do Ministério da Educação e as unidades orgânicas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, explica a Diretora da Área de Serviços de Rede da Unidade FCCN, Ana Pinto.
Por isso, a atualização tecnológica promovida pelo projeto RCTS100 impacta diretamente várias comunidades, desde o sistema de ensino superior e de ciência e tecnologia, mas também as comunidades de natureza mais administrativa, ligadas ao ministério, e comunidade educativa não superior.
Tendo em conta esta cobertura muito alargada da rede nacional de ensino e investigação, este projeto garante uma atualização tecnológica com repercussão nacional.
Resposta ao digital divide
Mas o impacto do RCTS100 não se limita à ativação de novas rotas das infraestruturas de fibra ótica e à atualização de ligações de várias instituições de ensino superior em todo o país. Graças a este projeto, foi ainda possível criar dos novos anéis na rede, de forma a torná-la mais escalável, quer em termos do número de serviços fornecidos, quer no aumento da redundância e resiliência a falhas.
Por outro lado, ao uniformizar o acesso à fibra e ativar um sistema de transmissão ótica com cobertura nacional, foi possível garantir condições idênticas de acesso à rede, independentemente da localização da entidade. Neste momento, as entidades de ensino e investigação da RCTS podem já aceder a múltiplos serviços a uma velocidade de 100Gbps, independentemente da sua localização geográfica. Responder ao desafio do “digital divide” [assimetrias sentidas, em pontos do país distintos, no que diz respeito aos serviços de conectividade disponíveis] é, por isso, outra das características que tornam este projeto estratégico para o desenvolvimento científico e tecnológico nacional.
Ao longo dos últimos meses, a Unidade FCCN tem vindo a partilhar o testemunho de responsáveis ligados a várias destas entidades da RCTS, através do seu blog. “A ligação do Politécnico de Guarda à rede nacional de ensino e investigação a 100Gpbs é fundamental para dar resposta às necessidades”, destaca o coordenador do Centro de Informática do Politécnico da Guarda, João Paulo Valbom. A mesma ideia é partilhada pelo presidente do Politécnico de Viseu, José dos Santos Costa: “A ligação do Politécnico de Viseu à rede nacional de ensino e investigação a 100Gpbs é de extrema relevância”.
*Projeto cofinanciado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.