O PIDapalooza – o encontro anual da comunidade promotora da utilização de identificadores persistentes (PID) na Ciência – realiza-se, nos dias 29 e 30 de janeiro, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Saiba mais sobre os PID.
O que é um identificador persistente (PID)?
Trata-se de um elemento que permite identificar de forma inequívoca um dado recurso. Segundo explica uma das estruturas promotoras desta solução, a ORCID, um identificador consiste numa “etiqueta” que é associada a uma entidade (uma pessoa, um lugar ou um objeto).
Porque precisamos de PIDs?
Os PIDs permitem referenciar uma dada entidade de forma precisa nos vários sistemas de informação, garantindo assim o fluxo de dados entre sistemas e o cumprimento do princípio “Inserir uma vez, reutilizar múltiplas”. Por essa razão, explica o Serviço Nacional de Dados da Austrália, trata-se de uma matéria de especial interesse para quem trabalhe “na criação ou gestão de dados”, particularmente para investigadores e gestores de investigação.
O que distingue um PID?
Os PID distinguem-se por serem únicos e persistentes. Uma URL é um exemplo de um identificador – assim algo é publicado online, é-lhe associado um link correspondente. No entanto, ao contrário dos PIDs, um URL poderá “quebrar”, deixando de conduzir a navegação até ao conteúdo e apontando apenas a um “http error 404”. Tendo em conta a importância estratégica da publicação e partilha de conteúdo científico, é essencial garantir que estas entidades podem ser referenciadas a longo-prazo.
Como funciona um PID?
Os identificadores persistentes incluem-se na descrição de metadados de uma entidade/recurso e podem ser utilizados para referenciar essa mesma entidade/recurso nos vários sistemas de informação. Alguns PIDs estão associados a serviços de resolução, de tal modo que, ao clicar no PID, é possível aceder a essa entidade/recurso.
Que tipos de PID existem?
Há várias estruturas de identificadores persistentes: PURL (Persistent Uniform Resource Locators), DOI (Digital Object Identifiers) ou ARK (Archival Resource Keys), por exemplo. Cada um destes sistemas tem as suas particularidades, forças e fraquezas, recorda a holandesa Dutch Digital Heritage Network. Esta rede disponibiliza mesmo um guia que auxilia a compreender os passos necessários para escolher um dos sistemas.
O que é o Pidapalooza?
O evento anual PIDapalooza é organizado por quatro organizações que operam na área dos identificadores persistentes (CDL, Crossref, DataCite e ORCID). Habitualmente, este encontro da comunidade ligada aos PID realiza-se em janeiro, consistindo em dois dias de partilha de experiências e boas-práticas relativas à implementação desta solução. Dois dias com “muita interação, tempo para conversar, uma playlist persistente e uma chama eterna”, sublinha a organização. Em 2020, Lisboa receberá este evento, nos dias 29 e 30 de janeiro. Mais informações em: https://www.pidapalooza.org/